#5anosNH2C

De 22 à 27 de agosto em Campina Grande/PB. Ação Hip Hop Campina. Shows, Oficinas, Mostra de Graffiti e muito mais.

Festa movida a Hip Hop agita Campina Grande

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Por: Ascom
Fotos: Ivan de Paula

Aconteceu no dia 27 de agosto, no Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA), às margens do Açude Velho, o encerramento do Projeto Ação Hip Hop Campina, um dos maiores eventos de Hip Hop da Paraíba.

Para muitos que passaram pelo local, foi uma das estruturas e organizações mais bem realizadas nos últimos tempos. “Uma grande estrutura, som excelente e shows incríveis. Essa é uma das oportunidades das pessoas da nossa cidade olhar para o Hip Hop e perceber que ele é uma Cultura que movimenta e encanta”, destacou o rapper e morador do bairro do Pedregal, Ismael dos Santos (Rimael).

Diante de tais argumentos, descrever o que foi ver subir ao palco, a simplicidade de Mc Leo Thomas, a força e o carisma do ritmo do grupo Abiarap, o poder ritmático, poético e forte do rapper Atómico Mc e a clareza das palavras rimadas do Projeto NH2C, atravessando a mente e o coração do público significa que rap campinense está vivo.

O rapper Zé Brown de Recife deixou seu tempero pernambucano regrado a uma musicalidade onde o amor e a reflexão com os problemas sociais são a temática. O compositor trouxe a identidade local com seu estilo agressivo e poemático, estilo típico “Repente Rap Repente”.

O repente, abalou, mexeu, desestruturou a região da Borborema, ninguém conseguiu ficar parado. Sua proposta era alucinante sem pausa, sem fôlego e acima de tudo, envolvente. Ele é um dos principais artistas desse estilo musical.

No entanto, quem mais chamou a atenção foi a Mostra de Arte Urbana, na qual 12 grafiteiros locais produziram uma tela cada, com a orientação do curador Carlos Mosca, um diálogo com a paisagem urbana e a paisagem humana da cidade.

Com uma estrutura jamais vista nesta região, artistas simetricamente preparados o Projeto Ação Hip Hop Campina 2011, foi conciso, coerente e afinado com sua proposta da diversidade cultural.

Oficinas do Projeto Ação Hip Hop Campina

Região de Campina Grande respirou oportunidade com ferramentas da cultura Hip Hop

Por: Ascom
Fotos: Ivan de Paula

“Sempre tive o interesse em trabalhar com a dança de rua, pois sou dançarino, mas infelizmente em Campina Grande não existe cursos nesta área, quando fiquei sabendo desta oficina fiz minha inscrição rapidamente. Na oficina recebi a informação que o mercado está necessitando de profissionais nesta área, é mais uma oportunidade de trabalho surgindo, disse Renato Silva (19)”, morador do bairro do Cruzeiro.

São depoimentos como este que estimularam o Dj e Produtor Cultural Thiago Alcântara (Dj Joh 189) no desenvolvimento do Projeto Ação Hip Hop Campina, que está aconteceu no período de 22 a 27 de agosto em comunidades marginalizadas da cidade, oferecendo oficinas de Discotecagem, Desenho para Graffiti, Break Dance, Penteado Afro, Stencil Art e Rima.


As oficinas estão recebendo um acompanhamento pedagógico que consiste: Planejamento ,planos de aula e relatórios diário,estes entregues a equipe responsável.

“Todos os atendidos pelas oficinas receberam certificados, isso é uma forma de identificação para a própria sociedade perceba que o projeto é sério e busca novas perspectivas para a região”, disse Thiago Alcântara, proponente do projeto.

As oficinas

Penteado Afro, Rima e Discotecagem: Proximidades

Cada oficina possui suas particularidades, algumas com viés profissionalizante, como é o caso das oficinas de Penteado Afro, Rima e Discotecagem. Sabemos que Campina Grande é uma cidade repleta de intervenções culturais e artísticas, e todas estas necessitam de profissionais que cuidem da técnica e outros do entretenimento, por isso a oferta destas oficinas. Tudo isso faz parte da plataforma de Economia Criativa, uma das fortes ferramentas de geração de emprego e renda na atualidade.

Desenho para Graffiti, Break Dance e Stencil Art: Arte Urbana

Outro desafio do Projeto é apresentar a arte urbana como alternativas profissionais, pois os grafiteiros, em sua maioria, se tornam designer gráfico, artistas plásticos ou ganham a vida se dedicando ao grafite. Já dança, no Brasil, infelizmente é um mercado restrito a poucos profissionais, ou seja, se limitando as academias de dança, que não são muitas, formando pessoas que ocupam o reduzido espaço de trabalho.

O projeto Ação Hip Hop Campina, do proponente Thiago Alcântara (Dj Joh 189), é resultado do edital do Fundo de Incentivo a Cultura (FIC) do Governo do Estado da Paraíba.